Henrique Cabral: learn to fly

09 February 2009

A crise e os despedimentos

Todos os dias, nos jornais e noticiários, vemos notícias de empresas que fecham e de despedimentos em massa. Hoje mesmo a Nissan anunciou o despedimento de 20.000 trabalhadores, resultado do plano de reestruturação da empresa. A própria Qimonda, adquiriu uma notoriedade que não tinha, em Portugal, “graças” à crise e às sucessivas notícias de falências. Aquilo que mais me tem intrigado, porém, é de onde vêm tantos trabalhadores como os que são diariamente anunciados ser alvo de despedimentos. Parece-me que as empresas portuguesas não têm tantos empregados assim e acho mesmo que as empresas (nacionais e estrangeiras) estão a aproveitar a oportunidade para crescer. Pelo menos em número de empregados.

Foi por isso que decidi juntar-me também a este movimento e anunciar que a minha empresa, Ficção S.A., apresenta hoje um ambicioso plano de recuperação! Sem quaisquer ajudas governamentais, a Ficção S.A. procederá ao despedimento maciço de 2 trabalhadores. Não, 200, melhor dizendo, 2000 trabalhadores (porque não 2000, para quê armar-me em empresa mixuruca que só despede um pequeno número de trabalhadores?). Afinal, Qimanda aqui sou eu!



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