Henrique Cabral: learn to fly

17 February 2009

Eu tiro o carro e ponho o carro
à hora que eu quiser
que garagem apertadinha
que doçura de mulher
ponho cedo e tiro à noite
e às vezes à tardinha
estou até mudando o óleo
na garagem da vizinha.

09 February 2009

A crise e os despedimentos

Todos os dias, nos jornais e noticiários, vemos notícias de empresas que fecham e de despedimentos em massa. Hoje mesmo a Nissan anunciou o despedimento de 20.000 trabalhadores, resultado do plano de reestruturação da empresa. A própria Qimonda, adquiriu uma notoriedade que não tinha, em Portugal, “graças” à crise e às sucessivas notícias de falências. Aquilo que mais me tem intrigado, porém, é de onde vêm tantos trabalhadores como os que são diariamente anunciados ser alvo de despedimentos. Parece-me que as empresas portuguesas não têm tantos empregados assim e acho mesmo que as empresas (nacionais e estrangeiras) estão a aproveitar a oportunidade para crescer. Pelo menos em número de empregados.

Foi por isso que decidi juntar-me também a este movimento e anunciar que a minha empresa, Ficção S.A., apresenta hoje um ambicioso plano de recuperação! Sem quaisquer ajudas governamentais, a Ficção S.A. procederá ao despedimento maciço de 2 trabalhadores. Não, 200, melhor dizendo, 2000 trabalhadores (porque não 2000, para quê armar-me em empresa mixuruca que só despede um pequeno número de trabalhadores?). Afinal, Qimanda aqui sou eu!



Ei-Lo!
Há uns anos atrás, Marcelo Rebelo de Sousa disse que só voltaria a ser candidato à liderança do PSD (se e) quando Cristo descesse à Terra. Pois bem, creio que Cristo virá já a caminho.
Louçã

Francisco Louçã está cada vez mais embalado. Desconheço qual a janela de oportunidade que viu ou se são as constantes manifestações de desagrado de Alegre que lhe dão motivação acrescida. O que sei é que as salinhas das convenções do BE estão cada vez mais bem decoradinhas, com mais vermelhinho, mais estrelinhas e mais militantes. E que a mensagem lhe sai cada vez melhor (e mais genuína): as empresas que recebem ajudas do Estado e apresentam lucros, devem ser proibidas de efectuar despedimentos. Pois é, Francisco Louçã quer que, para além de ser o Estado a dizer quando devem as empresas contratar ou despedir trabalhadores, estas deixem também de pagar impostos. Como? Proibindo-as, pois então, de apresentar lucros. Colocando, talvez, um polícia do Estado, à porta. Ou o Estado dentro da empresa. A ver vamos no que isto dará, maciço Bloco…de Leste.