Henrique Cabral: learn to fly

20 April 2008

Este blog é meo

Os senhores do meo, são um espectáculo! Eu, de resto, só posso dizer que os adoro. E aposto que a esmagadora maioria dos portugueses também. Quem não adora o grupo PT, o grupo que de forma tão singela, simplesmente se apropriou do «sufixo» Web português, .pt? Porque chamar-se «PT» não constitui uma vantagem competitiva óbvia, pela apropriação de um símbolo que significa o domínio Portugal, ou de forma mais simples, algo que é português. Não, não constitui. Aliás, o grupo PT somente se chama assim por coincidência. É que, para uma empresa anteriormente integralmente pública, manter o «sufixo» pt, adoptando-o na sua identidade corporativa, não constitui posição abusiva de mercado. Deve ser por isso também, que esta mesma PT se dá ao luxo de considerar o seu cliente um….mal necessário….nos dias mais simpáticos.

Bom, não entrarei em mais detalhes, não gastarei o meo e (sobretudo) o Vosso tempo contando-vos todos os disparates que já presenciei em produtos PT. Desde os velhinhos cartões de acesso rápido à net, netpowers, os primeiros sapos, os primeiros cyber kits usb, netcabos, TV Cabo, rendas fixas mensais, enfim, um ror de constituintes do brilhante portfólio do grupo PT. Que nunca funcionaram bem. Que dependiam sempre de uma configuração impossível, para a qual o nosso PC nunca estava preparado. Que requeriam a simpática ajuda da Assistência a Clientes do respectivo produto. Sempre números verdes, números de contacto rápido que, sempre num ápice, resolviam tudo. Que a troco de quaisquer € 50, vão a casa. Ou não. Mas que depois descontam a ida (ou melhor, a não ida) na factura. Isto para não falar de quão difícil é vermo-nos livres desta empresa. Porque há-de aparecer sempre mais uma factura; porque ainda há-de haver mais uma taxa para pagar; porque o período mínimo de adesão ainda não está cumprido; porque, apesar de nunca ter sido possível configurar o produto, nem por nós, nem pelos próprios técnicos, há sempre que pagar uma renda fixa, correspondente ao aluguer de um fantástico equipamento que até já podemos ter tido o prazer de atirar à cara de um dos incansáveis putos mal educadíssimos da assistência, depois de terem dito que o problema, a partir daí, já não pode ser resolvido por eles mas por um colega que nunca aparece. Não. Não vos maçarei.

Tenho uma amiga que escolheu construir uma moradia num fantástico sítio que descobriu, ainda livre, no meio da cidade. Há volta, tem prédios por todos os lados. Há volta, tem estradas de acesso a todo o lado, que a colocam a não mais de 10 minutos do centro da cidade onde vive. Pediu (porque pedir é até um termo forte demais para falar com os senhores da PT, melhor mesmo é usar muitos «se não se importar», «por favor», «queira, se lhe apetecer…», etc.) para lhe instalarem TV Cabo. Porque tem filhotes pequenos que quer entreter, de vez em quando com o Panda. Ou porque quer ver a Lusomundo ou a CNN, não sei. Mas afinal, a minha amiga, não tem infra-estrutura, capacidade, ligação, sei lá. «E os senhores não têm interesse em colocar?» «Quem, nós?» «Sim, não têm interesse em vender?» Valerá a pena reproduzir o resto da conversa até piiiiiiiiiiiiiiiiii???

Pois com o meo, o processo é idêntico. Será possível que subsistam no país pessoas capazes de viver em sítios onde pedir qualquer produto PT deveria ser punido com prisão perpétua? A ver TV a preto e branco, com muitos meos a assistir…..

Senhores que ousam aborrecer os senhores da PT: tenham decoro, fazem favor de não maçar a empresa. Ou quereis que as acçõeszinhas sejam penalizadas na bolsinha? HUM!

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