Henrique Cabral: learn to fly

02 February 2008

Correia de Campos era mesmo o mau da fita

Cacto fedorento apurou que a referência feita no semanário Expresso, de 2 de Fevereiro de 2008, onde se escreve que «Correia de Campos era mesmo o mau da fita», conforme resulta da sondagem Expresso/-SIC/Rádio Renascença/Eurosondagem/Universidade Católica/Empresa de transportes de aves, José Feliciano Galinha, SA/Firma Há patos sem sorte, LDA/Contagem descrescente, SA, publicada na mesma notícia, que identificava como área mais prioritária (o pleonasmo não é nosso) a saúde, com 21,2% dos votos, deu origem a um enorme equívoco. Com efeito, esta teve como resultado a exoneração de Correia de Campos do cargo de ministro da saúde, quando, na realidade, aquela sondagem pretendia apenas apurar que ministro tinha popularidade suficiente para suceder a Soraia Chaves, assegurando idêntico sucesso e receita de bilheteira a «Call girl». Cacto fedorento sabe que o novo filme de António-Pedro Vasconcelos, que se chamará «Campos da casa não fazem milagres», contará com Correia de Campos no papel principal, dada a sua elevada popularidade, medida precisamente na sondagem que induziu em erro o primeiro-ministro. Num argumento sensacional que envolverá, pela primeira vez em Portugal, perseguições a alta velocidade, entre carros de bombeiros e VMER's do INEM, por estradas secundárias entre Alijó e Mogadouro, o papel principal será o do agora ex-ministro da saúde, que fará de menina do CODU que tenta, de forma ternurenta e pacífica, mas sem conseguir, convencer os autarcas das duas povoações, que as ambulâncias do INEM têm velocidades de ponta superiores às dos bombeiros, acabando por estar na origem, ainda que de forma não deliberada, de corridas de alta velocidade, proibidas por lei, nas estradas do interior do país. O interessante no argumento de António-Pedro Vasconcelos, é o mundo clandestino que se desenvolve, que envolverá apostas de montantes elevados e uma indústria de tunning para ambulâncias que, indirectamente, acaba por surgir, apesar das boas intenções da menina do CODU. Trata-se de um filme de acção onde, somente no final se descobre que a menina do CODU (Correia de Campos) era, afinal, a causadora de tudo isto (daí o título - ainda em código - «Correia de Campos era mesmo o mau da fita», que António-Pedro Vasconcelos usou, para manter segredo, na rodagem das primeiras cenas do filme). Num comovente enredo que deixará o espectador absolutamente preso à cadeira e de olhos lacrimejantes, dando origem a fungadelas generalizadas no final do filme.

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