Henrique Cabral: learn to fly

23 February 2008


Prolixo

Porque será que não existe uma versão do Windows totalmente designado em português? Ultimamente, uma vez que a questão de Leiria deixou de me preocupar, tenho andado bastante ocupado com este assunto. Não se percebe porquê pois, tendo nós a Rua das Janelas Verdes ou a palavra «Prolixo» (http://ciberduvidas.sapo.pt/pergunta.php?id=19515) e, sabendo nós, que Bill Gates mantém excelentes relações com Portugal, o ministro Mariano Gago poderia muito bem ter já proposto a alteração, tornando mais amigável a versão portuguesa.

Assim, o programa poder-se-ía chamar «Janelas» (verdes ou não, dependendo da opinião do ministro do ambiente, Nunes Correia), onde o Recycle Bin seria substituído por prolixo. De um modo geral, tendemos a usar bastas vezes o nosso recycle bin com os discursos enfadonhos e ignaros de alguns dos nossos políticos!



Mais vale pão duro do que figo maduro

Este tema sugere preocupações a dois níveis: a questão dos provérbios e a questão da OTA.

Ambas se resumem em poucas palavras: a questão dos provérbios motivada por se tratar de mais uma indústria falida, em Portugal, que José Sócrates ainda não conseguiu recuperar e a questão da OTA por esta ter sido, por momentos (prolongados, é certo), considerada a melhor alternativa a Lisboa + 1, sendo que este «+ 1» é, no fundo, o Aeroporto de Figo maduro http://www.portugaldiario.iol.pt/noticia.php?id=573067. Também aqui, José Sócrates se revelou impotente para resolver o problema.

E porque faliu, afinal, a indústria dos provérbios? Uma das razões, foi o avanço da economia e a sofisticação da produção. No caso do provérbio que dá título a esta crónica, a abertura de boutiques do pão, com vários fabricos diários, permite que hoje só coma pão duro quem quer. A tentativa do governo de fazer subir o preço do pão acima dos limites do sustentável, pretendia, de algum modo, levar a que mais pessoas voltassem ao pão duro, assim se recuperando o significado do provérbio. Todos estaremos de acordo que o provérbio com «mais vale pão mole do que figo maduro», perde bastante. Outra das razões pelas quais esta indústria quase desapareceu prende-se com a evolução do futebol. Está já provado que um Figo maduro não é lá grande coisa pois aparecem, de imediato Nanis e Ronaldos prontos para o substituir. Mais uma vez, «mais vale pão duro do que Ronaldo maduro» não parece ser boa opção.

E se o envelhecimento da população deveria ter contribuído favorávelmente para a recuperação da indústria do provérbio, a verdade é que se verificou precisamente o contrário, continuando o dominó ou a bisca lambida a prevalecer sobre o provérbio. Continuamos a ter que nos governar com os provérbios dos nossos bisavós, vivendo uma espécie de greve da terceira idade que não garante sequer os serviços mínimos. Por isso ditados como «o robalo, quem o quiser há-de escamá-lo» ou «o rabo, sempre cheira ao que larga» se mantêm, sem qualquer actualização, quando toda a gente sabe que os robalos se vendem, hoje em dia, já preparadinhos para comer e que existem diversas marcas de toalhitas (até para bébé) capazes de provocar a extinção do segundo ditado e assim revolucionar esta indústria.

A segunda questão que deriva do tema acima, prende-se com a OTA e, mais uma vez, com o Governo. Alcochete acabou por ser a localização escolhida, tendo sido preteridos OTA e Lisboa + 1, onde Figo maduro entrava. Cacto fedorento sabe que foi precisamente pelo facto de poder ser posto em causa um ditado popular com tantas décadas, sem qualquer hipótese de revisão pelas razões apontadas atrás, que a escolha recaiu sobre Alcochete. Embora o estudo do Laboratório Nacional de Engenharia Civil contemplasse a possibilidade de alterações para «mais vale pão duro do que OTA» ou «mais vale pão duro do que Alcochete», a inflexibilidade do GRAF (grupo de reflexão dos amigos do figo maduro), acabou por prevalecer, conseguindo impedir o provérbio de cair.

Este acabaria por ser identificado pelo estudo, como o único aspecto positivo para apontar Alcochete como escolha final para a localização do futuro Aeroporto de Lisboa que, já se sabe, se irá chamar «AAL, Aeroporto Amadurecido de Lisboa».

Como é sabido, não se pode querer «sol na eira e chuva no nabal»!

22 February 2008






Este é um private-post. Destina-se a festejar. Se estivessemos à espera de Papa, poderíamos dizer «habemos papa (cerelac, http://oprazerdainsolencia.blogs.sapo.pt/arquivo/590109.html)» ou esta é, a cereja no topo do bolo! Mais palavras para quê?



19 February 2008


Fidel hasta siempre!

Notícias de última hora anunciam a retirada de Fidel Castro e a sua renuncia ao poder: "Não aspiro, nem aceitarei - repito - não aspiro, nem aceitarei o cargo de Presidente do Conselho de Estado e de comandante-em-chefe", escreveu Fidel Castro numa carta publicada no diário oficial Granma. O seu lugar estava a ser ocupado interinamente pelo irmão Raul Castro, 76 anos, que deverá ser agora escolhido para presidir ao Conselho de Estado.

Bruxelas anuncia-se disposta a reactar a sua relação com Havana. Bush considera tratar-se de uma fase de transição e os EUA deverão manter o embargo a Havana.

Assim, parece que tudo está bem quando acaba bem.

Temo que assim não seja e que os verdadeiros problemas estejam agora a começar. A verdade é que Fidel acabou por se chatear a sério com a comunidade internacional (e, em particular, com os Estados Unidos) porque o embargo começa finalmente a complicar-lhe a vida. Se era essa a tua intenção, Bush (perdoa-me a intimidade, mas estás de saída), devo dizer-te que conseguiste. Fidel confessa não conseguir viver mais na imundice que o rodeia: «não aspira» há bastante tempo, não por não considerar importante fazer exercício (o seu fiel fato de treino é disso uma prova), mas sim porque não chegam a Cuba, há muito muito tempo, qualquer tipo de aspiradores provenientes dos USA ou de qualquer outro país. Não há um vacuum cleaner http://www.tianer.cc/en/products.php que seja que apareça em Cuba. E isso é triste, muito preocupante, não contribui para a questão ecológica e complica seriamente a separação dos lixos e das embalagens. A Sociedade Ponto verde (http://www.pontoverde.pt/) já confessou não se sentir capaz de desenvolver ecopontos diferentes dos existentes ou mesmo de lhes mudar as cores. Assim, não existe qualquer hipótese de iniciar a internacionalização desde já, naquilo que poderia constituir um importante contrapeso relativamente ao facto de não chegarem vacuum cleaners a Cuba.

Cacto fedorento soube ainda, de fonte segura muito ligada à questão da Baía dos Porcos, que Fidel há muito não se sentía confortável com o seu fato de treino Adidas, tendo aliás solicitado a seu irmão, Raul Castro, que lhe encomendasse um fato de treino novo, de marca Puma ou Fred Perry, mais acetinado e de forro menos pegajoso e, já agora, «mais acolchoado no rabo-em-rabo», terá referido Fidel.



16 February 2008

Porque o Clip não é um amigo!

Esta é a verdadeira história do clip. A razão da sua existência. A história que nunca ninguém teve coragem de contar. O momento da revelação. O clip foi criado por uma mente retorcida. Sim, é verdade. Embora custe. É uma verdade que doi. Não se conhece o seu criador, mas pensa-se que Guttemberg, quando inventava a prensa terá deixado cair o arame do seu aparelho dos dentes. Foi assim que apareceu o @, mais tarde rebaptizado clip. Inicialmente utilizado apenas para aceder à internet, passaria a ser utilizado para fins nunca antes imaginados, por um malvado, uma mente absolutamente perversa somente comparável à do Abominável Homem das Neves ou à de Valentim Loureiro. Uma mente que viu na confusão de papeis a sua possibilidade de tornar o planeta um local inabitável. Administrativamente parado. Burocráticamente impossível. Confuso.

Porque o clip não é um amigo. É antes um fingido. Parece ser uma obra improvável do Criador. Nada mais errado! Trata-se de um embuste, um invento que cumpre a sua verdadeira missão no obscurantismo, na clandestinidade. Os clips são uma espécie de ímans de papeis. Que podem ou não ter alguma afinidade entre eles. Alternativos aos agrafes, os clips agrupam folhinhas sobre o mesmo tema. Parece bonito, ternurento até. Mas a sua verdadeira missão é...agarrar papeis que não tenham nada a ver com os demais! Escondê-los de entre eles. Com o intuito de baralhar, são os originários da expressão «andar aos papeis». Facililtam a vida dos organizadinhos, daqueles que conhecem a sequência e a absoluta necessidade de não faltar nenhum papel num processo. Daqueles que dizem: «falta-lhe aqui um papel, terá que dirigir-se ali ao guichet dos impressos xpto...» ou «qual é o seu papel no meio disto». A tentativa de reinsersão na sociedade tem sido feita pelo aparecimento de complementos, como os vídeoclips ou cliptomaníacos. Mas nada nem ninguém conseguiu, até agora, recuperar o clip para um papel honesto. Há pois que não desistir.

10 February 2008

Homenagem a Laura Lopes

Este fim-de-semana, ao ler o Expresso, chorei. Chorei como há muito tempo não chorava. Num misto de pena e raiva, de ternura e lamento. A ASAE não licenciou a queijaria de Laura Lopes porque, escreveu a ASAE no seu relatório, a queijaria "tem uma mesa de pedra e um armário de madeira" e exige a substituição daquelas duas peças de mobiliário por inox. Sinto este dever imenso de vos informar que a queijaria de Laura Lopes se situa em Penalva do Castelo e que Laurinha é uma das mais antigas artesãs de queijinho da serra (daquele que escorre e se come à colherada) que existem em Portugal. E se calhar, uma das últimas, que já ameaça vender as ovelhas. Ó sorte nossa! ASAE, ASAE! Não faz isso!

Foi então que, ainda com os olhos embaçados e a garganta estreitada pela comoção, vi o Figo na televisão a subir as escadas de uma casa velha, de swatch ao pulso, convidando-nos a comprá-lo, para, todos juntos, ajudarmos a construir mais uma casinha (daquelas de Sintra, assim tipo casa de turismo rural, modestinha), como a casinha do swatch dos ursinhos. E foi assim que tive esta ideia: vamos todos ajudar a queijaria da Laura Lopes! Deixo um apelo, um apelo sentido aos senhores da swatch: lancem, por favor, um relógio para ajudar a comprar o mobiliário em inox para a queijaria da Laura Lopes. Vá lá, não custa nada, todos ajudaremos, comprando um swatch, em nome desta cruzada pela higiene e limpeza, para que o queijo da Serra acabe por vir embalado em retráctil, fechado a vácuo, com conservantes e data de validade.

Podia ser um swatch com ovelhinhas, que é bonito e vende bem. E é giro.
Obrigado, swatch!
Churrasqueira de moscas

Se há coisa que eu aprecio nos cafés e restaurantes-tipo-tasca portugueses, é, essa igualmente típicamente portuguesa, churrasquirinha de moscas, de néons roxos que emite estalinhos quando uma mosca, menos atenta e sem ligação à respectiva torre de controlo ou com o radar avariado, entra com ela em rota de colisão, espetando os quatro costados num dos néons. E isso, é o que nós, ilustres comensais da fevra com batata frita e selada com cibola ou do filete de pescada com arroz de tomate, pensamos acontecer, quando, distraidamente vemos, no Jornal da Tarde da TVI, mister Scolari falar (ainda) do Pauleta («essi grandji atileta e grandji lídé, quê agora nois já não têmo»). Mais uma mosquinha pró churrasco. Mas, na realidade, o que acontece é que as moscas, esses serem inteligentes, apenas tentam aquecer as suas mãozinhas nos néos, estendendo-as e retirando-as apressadamente quando o estalido é emitido. Trrrrr, Uuuupa lá lá. Os nossos restaurantes são tão acolhedores como os melhores da Europa e é por isso que, quando lá estamos a almoçar, gramamos com o friozinho que vem da rua, e é se queremos, porque aquecimentozinho que é bom, isso, é pra meninas! E é também por isso que as mosquinhas têm que aquecer as asasinhas, tadinhas, tadinhas, das amosquitinhas e muitas vezes ficam todas aqueimadinhas....nos afilamentos das alâmpadas!

É Obama quem vai ganhar?

Penso que a questão do terrorismo irá, uma vez mais, fazer a diferença na altura de encontrar o próximo presidente dos Estados Unidos da América. Com 904 delegados para Clinton (Clintona, não Clinton, o amigo da Mônica) e 724 para Obama, numa altura em qua a afluência às urnas é, para nós portugueses, habituadíssimos a votar em massa, perfeitamente disparatada (em alguns Estados, relativamente a 2004, há agora quatro vezes mais votantes com menos de 30 anos do que então - devem ir todos juntos, em excursões, cheios de croquettes e donuts, que acompanham bastante bem com Pepse ou Coque), e com 689 delegados para McCain, já todos percebemos que o duelo na final do super-bowl, se travará entre Clintona - McCain ou Obama - McCain.

E aqui reside a questão: eu acho (e eu sou um analista experiente) que o duelo se resumirá a Obama - McCain e que McCain será, pura e simplesmente, cilindrado. Porquê? Lá está, por causa do terrorismo. Nos EUA, o campeonato de futebol americano domina os cerca de 3 miolos que existem no cérebro de cada americano. As eleições são um jogo enérgico, cheio de meninas e fru-frus, bandeirinhas, balões e confetis, à semelhança do campeonato de futebol americano. Às corzinhas, azuis, brancas e vermelhas. Por isso, eu acho, que o duelo que interessa é....Obama - ...Osama! Não, meus amigos, Obama não apareceu por acaso, nem mesmo por ser parecido com Martin Luther King. Não, Obama apareceu porque, se McCain promete revirar pedra debaixo de pedra para encontrar Osama Bin Laden, afirmando que, com ele, Osama irá fazer tijolo mais cedo, no caso de ganhar as eleições, os democratas, mais uma vez, demonstram maior proximidade para com o povo americano, sacando da manga o trunfalhaço Obama para uma super-final do super-campeonato americano das eleições presidenciais. Quem, não sendo um Guterres, um Sócrates, um Menezes ou um Santana, sem ter a LPM do seu lado, senão os democratas, esses ganda malucos, se poderia lembrar de um verdadeiro combate ao terrorismo, na sua forma mais pura? Meus amigos, Obama - Osama, será a grande final de 2009, o combate do ano, o combate mais aguardado! Para ver na CBS e acompanhar com pizza e Bud!

04 February 2008

Nota da redacção (redacção parece bem, é pomposo, dá uma ideia de uma estrutura altamente profissionalizada...): por esclarecimento do seu fundador, Joaquim Jorge, «O clube dos Pensadores (referido no post Berardo e o SNS), não é de Manuel Alegre quanto muito é da sociedade civil e para a sociedade civil». Aqui se deixa a nota e o respectivo pedido público de desculpas ao mentor do blog, cuja iniciativa se louva).

02 February 2008

Berardo e o SNS

O semanário Expresso, de 2 de Fevereiro, explica, em duas penadas, a razão pela qual o ministro que acompanhou o ministro Correia de Campos, é proveniente da área da Cultura. Foi aliás Joe Berardo, a pessoa escolhida pelo executivo, para explicar, a decisão de Sócrates (que, como já sabemos, lhe telefona sempre em antecipação, quando efectua uma remodelação governamental - ver, p.f., post, neste mesmo blog, intitulado «Joe e a sua Visão»). «Nunca foi meu advogado, mas encontrei-me com ele muitas vezes. Para mim é como ter um médico amigo que dá consultas de borla», foi como Joe Berardo explicou ao país, de forma clara e objectiva, a propósito de António Pinto Ribeiro, o novo ministro da Cultura, de que forma se estabelece a relação entre a Saúde e a Cultura. Ou, pelo menos, qual é o entendimento do primeiro-ministro, José Sócrates, nesta matéria.

A Cultura, deve ser servida por alguém que, devendo ter, de preferência uma ligação directa com Berardo e, portanto, «alguém com quem este já se tenha encontrado muitas vezes» (para facilitar e agilizar o futuro cultural do país), não seja apenas mais um advogado, mas alguém com um perfil idêntico ao exigido a um médico que personifique um verdadeiro SNS de esquerda, um SNS a contento do Clube dos pensadores, de Manuel Alegre (http://clubedospensadores.blogspot.com/): «um médico amigo que dá consultas de borla».

É pois, com esta estratégia bem urdida, que Sócrates tenciona reeditar a maioria absoluta, em 2009.

Como Sócrates reparou um engano indesculpável

Cacto fedorento teve acesso a uma conversa, que não poderá deixar de aqui reproduzir, em que se fica a perceber a habilidade do primeiro-ministro para lidar com imprevistos e situações adversas. Aqui fica o registo dessa conversa:
José Sócrates, PM - Dr. Pinto Ribeiro?
Pinto Ribeiro, o ex-serás-tu-o-futuro-ministro da Cultura - Sim? Quem fala?
PM - Daqui é o primeiro-ministro...estou a ligar pessoalmente, pois trata-se de um assunto que tem que ser feito por mim e por mais ninguém, pois ninguém pode saber...
PR - Sr. Primeiro-ministro, quanta honra...mas...a que devo...
PM - Meu caro Pinto Monteiro, venho dirigir-lhe um convite....
PR - Sim?.....
PM - ...pois, o seu vasto curriculum enquanto director artístico da Culturgest e agora, como consultor da Gulbenkian, bem como o trabalho que tem desenvolvido, são garantias mais do que suficientes para lhe poder formular este convite, meu caro José António Pinto Ribeiro!
PR - Muito obrigado, fico extremamente lisonjeado com tal convite, mas....
PM - Não é hora para falsas modestias, caro José Pinto Ribeiro, é hora de continuar a servir, agora num cargo de, é claro, muito maior exigência...
PR - Sr. Primeiro-ministro, quanta honra...nem sabia que a ministra Pires de Lima ía ser remodelada....mas, deixe-me só deixar claro que o meu primeiro nome não é José....é António...
PM - Pinto Ribeiro?...
PR - Sim, mas não José, apenas António Pinto Ribeiro...
PM - Claro, pois....sim, é claro....(vozes abafadas atrás....) (Sócrates, tapando o bocal, perguntando - «quem é este gajo, afinal?») («enganaste-te, não é esse» - voz que parece ser de Pedro Silva Pereira, «diz que lhe telefonaste para dar os parabéns do excelente desempenho e despede-te, esse não tem nada a ver com o Berardo...») De qualquer forma, era só para lhe dar os parabéns porque tem desenvolvido um excelente trabalho, continue, continue, um destes dias ainda o convidarei para ministro da Cultura.....
PR - Mas....então....mas não me estava a convidar, há pouco?....
PM - piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii (som da chamada caindo...)
Correia de Campos era mesmo o mau da fita

Cacto fedorento apurou que a referência feita no semanário Expresso, de 2 de Fevereiro de 2008, onde se escreve que «Correia de Campos era mesmo o mau da fita», conforme resulta da sondagem Expresso/-SIC/Rádio Renascença/Eurosondagem/Universidade Católica/Empresa de transportes de aves, José Feliciano Galinha, SA/Firma Há patos sem sorte, LDA/Contagem descrescente, SA, publicada na mesma notícia, que identificava como área mais prioritária (o pleonasmo não é nosso) a saúde, com 21,2% dos votos, deu origem a um enorme equívoco. Com efeito, esta teve como resultado a exoneração de Correia de Campos do cargo de ministro da saúde, quando, na realidade, aquela sondagem pretendia apenas apurar que ministro tinha popularidade suficiente para suceder a Soraia Chaves, assegurando idêntico sucesso e receita de bilheteira a «Call girl». Cacto fedorento sabe que o novo filme de António-Pedro Vasconcelos, que se chamará «Campos da casa não fazem milagres», contará com Correia de Campos no papel principal, dada a sua elevada popularidade, medida precisamente na sondagem que induziu em erro o primeiro-ministro. Num argumento sensacional que envolverá, pela primeira vez em Portugal, perseguições a alta velocidade, entre carros de bombeiros e VMER's do INEM, por estradas secundárias entre Alijó e Mogadouro, o papel principal será o do agora ex-ministro da saúde, que fará de menina do CODU que tenta, de forma ternurenta e pacífica, mas sem conseguir, convencer os autarcas das duas povoações, que as ambulâncias do INEM têm velocidades de ponta superiores às dos bombeiros, acabando por estar na origem, ainda que de forma não deliberada, de corridas de alta velocidade, proibidas por lei, nas estradas do interior do país. O interessante no argumento de António-Pedro Vasconcelos, é o mundo clandestino que se desenvolve, que envolverá apostas de montantes elevados e uma indústria de tunning para ambulâncias que, indirectamente, acaba por surgir, apesar das boas intenções da menina do CODU. Trata-se de um filme de acção onde, somente no final se descobre que a menina do CODU (Correia de Campos) era, afinal, a causadora de tudo isto (daí o título - ainda em código - «Correia de Campos era mesmo o mau da fita», que António-Pedro Vasconcelos usou, para manter segredo, na rodagem das primeiras cenas do filme). Num comovente enredo que deixará o espectador absolutamente preso à cadeira e de olhos lacrimejantes, dando origem a fungadelas generalizadas no final do filme.
Crime em Azevinho de Alguilhares

Foi em Azevinho de Alguilhares que se cometeu mais um crime relacionado com a apanha da azeitona. Populares testemunharam cânticos diversos que não o tradicional «ó oliveira da serra, o vento leva a flori, ó ió ai, só a mim ninguém me leva, ó ió ai, pra terra do meu amori». Outros cantares foram ouvidos, para espanto de muitos e júbilo dos mais novos, tudo malta do reviralho que apoia a anarquia e tudo o que ponha em causa as tradições. Houve quem assobiasse «D'ont orri be ape» e homens varejadores que entoaram o «já não há estrelas no céu», enquanto vergastavam as azeitonas. Já as mulheres, na recolha e apanha das azeitonas, cantavam o «passarinhos a bailar», optando, igualmente, por não passar cartão a «ó oliveira da serra, o vento leva a flori, ó ió ai, só a mim ninguém me leva, ó ió ai, pra terra do meu amori», certamente mais apropriado para o evento em causa.

Estes homens e mulheres serão levados a tribunal, onde o senhor doutor Juíz Zé Tó procederá à respectiva inquirição.
Os estrábicos vêem melhor do que os outros

Embora vulgarmente se pense que os estrábicos não vêem tão bem como os restantes mortais, a verdade é que os estrábicos vêem muito melhor do que as outras pessoas. Se é verdade que por vezes nos apercebemos de que, numa conversa com outra pessoa, um estrábico por vezes entorta um olho quando ambas se olham nos olhos, é também verdade que o que aconteceu foi, na realidade, que o estrábico acompanhou a trajectória voadora de um qualquer micróbio que, entretanto, por ali passou. É sabido que quando conversamos e alguém passa, com maior ou menor rapidez, o nosso olhar se desvia, acompanhando esse movimento.

Por aqui se constata terem os estrábicos uma capacidade de apanhar movimentos de particulas ou micro-organismos que o comum dos mortais não vê.
Bossa Nova

Cada vez mais pessoas se interrogam relativamente à proveniência da designação «Bossa Nova». Há quem pense tratar-se de um movimento da música popular brasileira, surgido no final da década de 50 (http://pt.wikipedia.org/wiki/Bossa_nova). Na realidade, o movimento «Bossa Nova» teve a sua origem em....Marrocos. Foi há centenas de milhar de anos que um dromedário se surpreenderia (chegando a julgar tratar-se de uma alucinação) quando, ao passar por uma esplanada catita, se apercebeu da existência de uma dromedário extremamente bela, de óculos Prada que, sentada a uma mesinha sorvia, por uma palhinha verde e amarela, um apetitoso cocktail de cenoura e abacaxi importados. Se primeiro arremessou um olhar guloso, logo a seguir o dromedário arregalaria os olhos face à improbabilidade do que via: aquela dromedário ostentava não uma mas duas (!!) corcovas! Hesitando na abordagem, reteve-se pela chegada de outra dromedário (esta «normal», com apenas uma corcova) que, abeirando-se da mesinha e após beijar a primeira dromedário nas faces, lhe comentaria com entusiasmo: «Então, amiga, com uma Bossa Nova?» «Ao ié», seria a resposta, vaidosa, da dromedário com duas bossas, novidade absoluta por aquelas paragens.

E foi assim que surgiu a moda, entre dromedários, de usar duas bossas em vez de apenas uma. A moda que se seguiria, seria o bigode, iniciamente conhecido por «pêlo na venta», pois resultava da inexistência de tesourinhas aparadoras que fizeram com que, nos dromedários, os pêlos do nariz se perlongassem formando um gode, posteriormente designado por «bi-gode», por terem origem nas duas narinas.

01 February 2008


INEM chama Bombeiros

A acção passa-se em Gulpilhares.
INEM - Bombeiros de Gulpilhares?
Bombeiros - Tou?
INEM - É bombeiros de Gulpilhares?
Bombeiros - Sou?
INEM - Era uma viatura para Barcelos...
B - Ó carago, desligou...
INEM - Gulpilhares?
B - Sou?
INEM - É preciso ir buscar um doente a Barcelos, estrada nacional, ...
B - Tou?
INEM - (outra vez não!) Um carro! Têm que sair para Barcelos...
B - Vou tocar a sirene
INEM - Sirene? A doente está na estrada, atropelada, têm que sair já!
B - Vou buscar o carro
INEM - Fico descansada?
B - Fique, tenha calma, vou buscar já o carro, passo em casa do Antunes e ele já traz as pilhas...
INEM - Pilhas?
B - P'ra sirene, menina