Henrique Cabral: learn to fly

31 January 2008

Joe e a sua Visão

Joe Berardo declarou à revista Visão que «Já sabia das novidades há muito tempo...».
A Visão diz que Ana Jorge e José Pinto Ribeiro foram formalmente convidados entre segunda-feira à noite e terça-feira, de manhã. Acrescenta que se tratou de uma «acção relâmpago, apanhando de surpresa todo o Governo, concretizada em 12 horas»....

Apanhando de surpresa todo o Governo mas não Berardo que «já sabia».

Berardo estava no Canadá.
Sócrates em Portugal.

É certo que hoje, de Portugal ao Canadá e vice-versa, é um tirinho. Mas Sócrates fez melhor, em nome da despesa pública. Para não gastar dinheiro na viagem, no Natal, telefonou a Berardo e, para além de lhe desejar «Merry Christmas», aproveitou para lhe perguntar: «Joe, tava a pensar ir buscar aquele gajo que tens no Conselho de Administração da tua fundação para ministro....» - «de quê?» perguntou Berardo, «heeee, pode ser das Obras Públicas...espera, não!, da Cultura, antes...», respondeu Sócrates - «Quando?» quis saber Berardo - «depois de me irem cantar as janeiras a S. Bento...» - «Well, ok, fuck Pires de Lima, envia-se para mine mini-caixotinho...., take Joe Ribeiro!»

30 January 2008

Cacto fedorento

boomp3.com
Pessoas que procuram as respostas para as perguntas que lhes são colocadas no tecto

Há, neste mundo, muitas pessoas que acreditam que as respostas para questões que lhes colocam estão...escritas no tecto! Sim, é verdade. Cacto fedorento fez o teste com diversas pessoas, de diferentes estratos sociais e sim, aconteceu de facto: não lhes ocorrendo de imediato a resposta a uma pergunta, procuram no tecto a resposta. Fomos mais longe e experimentámos a céu aberto interrogar pessoas sobre temas diversos. A procura aconteceu igualmente, desta vez, no céu.

Cacto fedorento desconhece se a resposta vem de Deus. Pode ser que sim. No entanto, outro facto adicional não deverá ser menosprezado nesta análise: as pessoas podem não conhecer o local exacto onde a resposta está colocada, ou seja, poderão olhar para diversos sítios, lá no alto, e, após encontrarem o texto, então sim, respondem à pergunta que lhes foi colocada.

- Por favor, o Senhor pode dizer-me como se vai para o Iraque?
- Hummm! (Hussein pensando...) (agora, Hussein olhando para cima, cofiando a barba....) (agora, Hussein olhando para outro ponto do céu, em busca da resposta, semi-cerrando inclusivamente os olhos - no fundo, tentando disfarçar e pensando, onde Diabo deixei eu a minha cábula...) Ora bem, o Xenhor xegue por este olibal, bira na terceira oliveira à isquerda, encontra o Tigre, desce o Eufrátes, bira ao terceiro poço de pitroil e ospois pergunta...
- Se calhar lá chegado será difícil p'ra mim, Sôr Hussein...
- Hummm! (buscando novamente a resposta no céu) Talbez. Sim, é gajo p'ra ter razão. Adeus, quer dizer, Alá, desculpe!

Testámos idêntica situação, desta vez em Alijó.

(Pessoa cantando: vamos brindar...com vinho verde qué do meu portugal...lá lá lá lá lá lá lá lá...lá lá lá...)
- (outra pessoa) O Senhor tá a cantar «vamos brindar qué do nosso portugal», certo?
- (cantor, buscando no céu a resposta) Heee....não.
- Parecia mesmo: lá lá lá...vamos brindar....com vinho tinto qué, não! com vinho branco, não! (agora, há que procurar ajuda lá no alto, vá lá veri.....lá está ela: verde, pá, verde!), com vinho verde qué do meu portugali....

E com um político:
- O Senhor ministro remodelou...
- (Senhor ministro pensando, olhando o tecto, buscando, enfim, a resposta adequada que os assessores lhe terão colocado no tecto, pensando: «idiotas, incompetentes, como hei-de eu agora saber o valor do PIB se não tá escrito em lado nenhum...) Qual era a pergunta, exactamente?
- Se remodelou...
- Ah! (buscando...uma espécie de «loading...» dos computadores) Não remodelei, não remodelei...
- Remodelou, remodelou!
- (revirando os olhos para cima, no fundo, em busca...) Ah, pois remodelei, remodelei.

21 January 2008

Dobrar esquinas

Se eu «dobro» uma esquina é como dobrar uma folha de papel? Com mais força?
Quando «apanho» um autocarro (depois de o ter «perdido»), é como «apanhar» uma doença?
E como é que se consegue «perder» um autocarro ou mesmo um comboio ou ainda algo maior como um avião? É claro que um avião «perde-se» de vista. E, ao comboio, fiquei a vê-lo «partir».
Às vezes partimos copos. E também partimos para longe.
Curiosamente, às vezes «metemo-nos» nos copos. Lá dentro. Pois.

Se me «partes» todo, é porque me podes partir só um bocadinho.
Uma pessoa «escangalhar-se» a rir, pressupõe a existência de oficinas de reparação de humanos.
Assim, conseguir-se-á «reparar» o mal que se fez a alguém.

E estar-se nas «tintas»? Dentro da lata. Das latas.
«Ter» lata é ser atrevidote.

«Ter muita lata» é ser um grande palerma.
Alguém que tem um parafuso a menos, compreende-se. A dificuldade está, aparentemente, na contagem. Como se olha para alguém e se constata, assim, com toda a rapidez, que esse alguém não «bate bem da pinha» (sinónimo de ser deficitário em, pelo menos, um parafuso).

Um gajo que tem «pinta», destaca-se.
Uma fulana que não tem «pinta» de sangue, está lívida, assustada ou, simplesmente, na moda e veste de preto. E «curte» Cure. Como quem curte peles.

Durante uns interessantes minutos, tentei ensinar um amigo, lá de outra terra, a compreender a nossa língua. De Camões. Pois.
Explicar-lhe que existia um «Manuel Alegre» que pode ou não ser feliz, não foi fácil. Explicar-lhe que temos um Sócrates, um Durão ou um Cavaco, não me facilitou a vida, pois ele perguntou, simplesmente: «Porque não um John Cleese?»
Meteorito incandescente cai no meio da auto-estrada do sul

Um meteorito incandescente caiu, ontem, pelas 14 horas, no meio da AE do Sul, gerando uma enorme polémica devido ao facto de ter preferido a AE do Sul para aterrar.

Os populares interrogaram-se: porque não na auto-estrada do norte? Com efeito, a grande discussão de ontem, após a queda do meteorito, centrava-se à volta daquela questão. Os populares indignaram-se pelo facto do meteorito ter escolhido, na opinião de uns, a auto-estrada do sul para cair e não a do norte. A discussão foi bastante influenciada pela decisão, recentemente anunciada pelo governo, de construção do novo aeroporto em Alcochete e não na Ota, também na zona sul. Os populares mostravam-se indignados porque já ninguém escolhe a zona norte do país para nada, nem mesmo os meteoritos para cair, optando por cair sempre na zona sul. Governantes presentes questionavam-se relativamente ao futuro: será a decisão de construção do novo aeroporto na zona sul adequada, na medida em que os meteoritos, aparentemente, também preferem aquela zona para cair? Outros populares aproveitaram a oportunidade gerada pela incandescência do meteorito para acender cigarros e fumar durante a discussão. O presidente da ASAE, retido no trânsito devido ao corte da auto-estrada, rapidamente se apercebeu do facto, desdobrando-se em contactos no sentido de convencer toda a gente a apagar os cigarros, conforme lei de 1 de Janeiro deste ano. Cacto fedorento, soube, de fonte que não se quis identificar mas que afirmou que falaria para a TV desde que com a voz distorcida e a cara com quadradinhos, que o presidente da ASAE se prepara para proibir o fumo na auto-estrada do sul, aspecto amplamente criticado, pois sabe-se que na auto-estrada do norte será possível fumar, de acordo com a nova proposta de lei, em preparação. Apenas um bombeiro parecia preocupado com a cratera de 2 km que se abriu na auto-estrada em virtude da queda do meteorito. O Cacto fedorento sabe que este bombeiro deverá ser afastado do seu lugar ou, pelo menos, não deverá tão cedo ser autorizado a apagar fogos, pois o buraco gerado pela cratera deverá ser aproveitado para a futura saída do metro na zona sul.