Henrique Cabral: learn to fly

30 November 2008

Cavaco e o BPN

Afinal, de acordo com o jornal Expresso deste fim de semana e a fazer fé no insuspeito Nicolau Santos, Cavaco nunca teve nenhum envolvimento directo com o BPN, excepto ter sido accionista da Sociedade Lusa de Negócios até 2003, bem como a Pati.

Haaa, assim está tudo bem! Está pois explicada a questão do seu "envolvimento DIRECTO" no BPN.
Estavam lá os cavaquistas todos, havia de lá estar também o Cavaco! Inventam cada coisa!
Isto desde o Magalhães que não há descanso. Ó Meneses, vê lá se acalmas um bocadinho que o país está a ficar ingovernável. Qualquer dia, já só nos resta suspender um bocadinho a democracia, para ver se conseguimos voltar a pôr ordem nisto. Mas é só um bocadinho.
Enquanto a pizza está no forno, depois já é outra vez.
Democracia.

Crise, qual crise?

Francamente, não há estagnação, perdão Agência Lusa, não queria dizer estagna, opss, queria dizer crise, isso: o que acontece é que há um super relançamento da economia....o que nos pode conduzir à estagna, perdão, propulsão.




Magalhães e os coletes de trânsito

Há em Portugal, periodicamente, fenómenos deveras intrigantes, pela adesão que suscitam, verdadeiramente em massa, por parte dos portugueses.

Há poucos anos atrás, foram os coletes de trânsito. Enquanto em Espanha ou no Reino Unido foram necessárias campanhas complicadíssimas, se acenderam discussões filosóficas sobre o tema e a questão não está ainda resolvida, em Portugal apenas foi necessário acenar com ameaças de vigilância apertada por parte da Brigada de Trânsito da GNR e com multas a quem ousasse parar à beira da estrada, para fumar um simples cigarro, sem vestir de imediato o respectivo coletinho verde e pronto, está feito, toca a correr encomendar a novidade.

Foi de tal forma que gasolineiras, hipermercados, lojas de conveniência, todos participaram no grande desígnio nacional que foi dotar cada português do seu colete de trânsito.

Assim foi até esgotarem.

Pois bem, o actual desígnio é o Magalhães. "I have a dream", he said ... Sonho com o dia em que todos os portugueses possam navegar pelo Mundo, assim como Magalhães fez há mais de 500 anos, quando partiu para a sua volta de circum-navegação, em busca das Índias pelo lado oposto ao habitual, que é como quem diz, ao contrário. Não sei se estão exactamente a par mas Magalhães nunca haveria de descobrir as Índias, acabando mesmo por atirar as cartas de navegação que então dispunha borda fora porque depois do estreito que haveria de vir a chamar-se Magalhães em sua homenagem, todo o grande mar que era o Pacífico estava mal descrito.
Como Magalhães, também os portugueses deverão um dia poder navegar livremente, cada um agarrado ao seu portátil, sem saberem exactamente qual o seu destino (de resto, como hoje fazem, navegam sem rumo e assim é que é bom).

Tal como com os coletes, também agora a histeria colectiva tomou conta dos portugueses, que acorreram em massa ao seu Magalhães.

Tal como aconteceu com os coletes, também os Magalhães esgotaram.

A história repete-se.

José Sócrates está pois, bem aconselhado. Os seus sábios conselheiros sabiam que, lançada uma novidade do tipo colete, os portugueses tratariam de se mobilizar, num sinal do magno respeito pelo grande líder. E portanto Sócrates poderia apostar num desígnio do tipo computador a seu dono porque isso lhe permitirá, cada vez mais, recolher impostos via internet. Terá sido ainda Macedo quem lhe segredou ao ouvido a estratégia: "Depois de um PC na mão de cada português, não haverá um único que possa dizer que não pagou os impostos porque não tinha internet em casa...".

Depois do Congresso do PC(P) deste fim de semana, no Campo Pequeno, e de tantas mãos no ar, suponho que o aviso de Macedo não queria exactamente dizer que dentro em breve teríamos um PC na mão de cada português mas um português com uma mão no PC (ou um pé....). De colete vestido, pois claro!
Toca a mobilizar!



Bancos de papel

O primeiro-ministro José Sócrates descansou-nos dizendo que os bancos portugueses irão pagar pela utilização das garantias: "(...) há regras para aceder às garantias e que elas têm de ser pagas aos contribuintes".

Isso torna tudo bem mais simpático e ficamos obviamente mais descansados com este esclarecimento.

Como é evidente, aquilo que Sócrates nos quer transmitir é que estará sempre disponivel para injectar mais umas maçarocas quando e se os bancos começarem a dever aos contribuintes portugueses não os créditos actuais mas sim .... os juros dos empréstimos conseguidos ao abrigo do plano de recapitalização da banca!

Como é evidente, neste dia de frio em que decidiu nevar um pouco desde o Interior Norte até ao Alto Alentejo, a bola de neve já rebola crescidinha: os bancos financiaram-se no exterior e perderam parte significativa dos seus investimentos; como dependem uns dos outros porque se emprestam mutuamente, incapazes de honrar os seus próprios compromissos cumprindo os pagamentos relativos aos seus próprios créditos, vêem-se na necessidade de ser ajudados pelo governo por forma a que a crise financeira se não estenda à própria economia (que em Portugal apresenta níveis de crescimento invejáveis e, portanto, de crescimento de emprego aceleradíssimo, vá-se lá a correr protegê-la não vão as fábricas de têxteis fechar, as de cerâmica fechar, as metalúrgicas fechar, as de componentes automóveis fechar, as de calçado não exportar e ... há mais algumas, tirando a Critical que está aflitinha, coitadinha?), via plano de recapitalização. Como estas massas são evidentemente para aplicar e aplicações sem risco não se vislumbram no horizonte, o magnífico Estado fez o favor de transferir o respectivo risco para ... os contribuintes!

Ainda assim, José Sócrates, afiança, com certezas de economista caseiro, que os contribuintes serão beneficiados com tais rendimentos, pois receberão os juros das aplicações de risco das verbas do plano de recapitalização.

Isto se entretanto não for necessário fazer aprovar um plano para salvar a banca do próprio plano de recapitalização...

Pela minha parte, agradeço, pois as minhas acções estão pela hora da morte e o respectivo gráfico de evolução continua a marcar queda acentuada. Acresce que a minha gestão é feita por um banco português, que muito provavelmente também necessitará de recorrer ao plano do Estado. Mas como já sei que me pagará juros pelas magníficas operações que com este capital agora fará, acredito que as aplicações que terá em mente serão certamente de maior rendibilidade do que as que tem feito com o meu (outro) dinheiro.

Sim, porque não há dinheiro meu e meu dinheiro: todo ele é meu.

Obrigado, Estado, obrigado José Sócrates, por me dares garantias de poder vir a ficar com o que é meu.

(ps: Só mais uma coisinha: haverá para aí algum economista mais abalizado do que eu que me consiga explicar como é que um banco (o Banco Privado Português) que se dedica em exclusivo ao private banking e que, portanto, para além de de activos mobiliários, supostamente minimizará os riscos das respectivas carteiras, com aplicações em activos imobiliários, arte, ouro, etc., de repente se vê tão confrontado com a crise financeira e indefeso ao ponto de necessitar de ajuda de um Estado como o português, que não tem onde cair morto? E isto porque, afinal, mais de 50% dos seus créditos têm origem na banca .... de retalho nacional?!!! Agradeço ajuda (não financeira, por favor não gastem mais dinheiro) para melhor entender o fenómeno.)

09 October 2008


Onda de criminalidade

Não é verdade que o crime esteja gradualmente a aumentar em Portugal. Ah, mas e os assaltos a ourivesarias? Não estão a aumentar por toda a parte? Não, o que acontece é que, como a economia está a prosperar, há mais ourivesarias a abrir, um pouco por toda a parte. Como todos já reparámos, a procura ao ouro aumentou em flecha desde o início da crise financeira. Já existiam assaltos em Carnaxide ou Freixo de Espanha à Cinta, não existiam era ourivesarias. Há assim um novo mercado que se abre não só à sociedade mas também aos gangs existentes. E os assaltos às caixas de multibanco? Mantém-se o número das estatísticas de anos anteriores que terá diminuído até. Há é mais grandes superfícies e centros comerciais e toda a gente sabe que numa grande superfície ou num centro comercial que se preze há sempre uma caixinha portátil de MB. Na era do Magalhães e dos números de telemóvel transitados de rede, não vos parece lógico que também os MB acompanhem a tendência de portabilidade? (Deixa-se aqui a sugestão para o redesenho das caixas de MB que actualmente não parecem nada confortáveis de carregar). E os bancos, as inúmeras agências bancárias assaltadas ultimamente? Nada menos verdade. Os gangs actuais sabem que há cada vez menos liquidez no mercado e portanto que menos dinheiro é depositado nestes balcões. Como os assaltos a uma agência ainda não permitem o sequestro da mesma até que o dinheiro retorne de paraísos fiscais como as Ilhas Caimão, como é evidente os assaltos são apenas pretextos para brasileiros, ucranianos e muitos portugueses tomarem contacto com os novos balcões e para os próprios bancos publicitarem gratuitamente os seus novos balcões, graças à cobertura noticiosa destas visitas. Trata-se, pois, na realidade, de nova clientela. E os alegados assaltos a bombas de gasolina? Confusão total. Os verdadeiros assaltos são aqueles de que são alvo os automobilistas, todos os dias. Mas a grande prova de que a criminalidade não aumenta em Portugal, está no título de mais uma notícia que recentemente li num dos pasquins da nação: «Foi com grande surpresa que a polícia descobriu em flagrante ladrões que tentavam assaltar uma ourivesaria em Setúbal». Vêem? Não é romântico? Polícias descobrindo ladrões que, apesar de serem apanhados em flagrante, tentavam assaltar uma ourivesaria? O flagrante é da tentativa, não do assalto. Ora isto demonstra, por si só, a grande confusão que graça entre aquilo que são assaltos e tentativas e, como todos sabemos, as estatísticas são cegas a estes aspectos. Mesmo assim, é bom saber que a nossa polícia está cada vez mais atenta e joga na antecipação.


ASAE pode acabar

Se a ASAE fizer uma inspecção à ASAE, corre o risco de fechar? Com que higiene e frequência são lavados os uniformes e as máscaras pretas dos agentes da ASAE?
Bloqueadores das rodinhas dos carros é que é

Eu sei que a crise financeira diminuiu fortemente as disponibilidades financeiras das empresas. No entanto, e porque o IMI e as taxas municipais diminuem igualmente as receitas das câmaras por esse país fora, deixo uma sugestão para que os municípios possam equipar os senhores dos bloqueadores das rodinhas dos carros, assegurando a verba necessária para os manter em funções e assim chatearem um bocadinho mais os munícipes (todos sabemos que o cidadão só abusa da utilização do carro porque as boas alternativas de transporte público existem em quantidade e qualidade): peçam um patrocínio à REEBOK, empresa que certamente considerará proveitoso o investimento e assegurado o retorno do mesmo, uma vez que aquilo que estes senhores basicamente fazem é….rebocar carros. Que tal umas sapatilhinhas Reebok, senhores dos bloqueadores?
Que seca, não me chateiem!

27 September 2008


O fim dos Silva

A expressão «Olá, Viva, como estás?» está prestes a destronar o apelido Silva do primeiro lugar que ocupa, em Portugal. O apelido Viva ganha assim uma força inesperada, reforçada por frases como «Então, Viva?» ou pelo simplesmente «Viva!», normalmente seguidas de um abraço. Abraço este que constitui, indubitavelmente, um reforço ao apoio ao novo apelido chegando, de alguma forma, a humilhar o apelido Silva.

Do mesmo modo, a expressão «Tasse?» galga furiosamente lugares na tabela do ranking dos apelidos mais frequentes, a caminho de um lugar igualmente relevante. É hoje vulgar um «Então, Tasse?» ou o simplesmente «Tasse?», este ligeiramente mais carinhoso do que o «Viva!», que evidencia a admiração por se ter encontrado o Viva. Já «Tasse?», seguido de interrogação aparece mais próximo de uma agradável surpresa pelo encontro: «Tasse? Tu aqui??!!!!».

É bonito, são novos tempos, novos apelidos que gradualmente assumem relevância na nossa sociedade.

Um adeus anunciado a Cavaco?

08 August 2008

Reciclar ajuda

Durante muito tempo acreditei na eficácia das campanhas de separação de embalagens. Primeiro, porque as cores escolhidas são giras, o verde para embalagens de vidro, frascos e boiões (esta é a parte das compotas!), o azul para o papel ou o cartão e o amarelinho para os alumínios e outras embalagens de metal.

Ao contrário do que é normal, não se enveredou por soluções complicadas como o vermelho para as garrafas de vidro de vinho tinto, o amarelo para as garrafas de vidro de vinho branco ou o verde para o resíduo de um fantástico Aveleda. Outra hipótese de complicar seria utilizar o branco para embalagens de vinho branco, independentemente de se tratar de vidro ou tetra-pack. Depois há os ecopontos. Normalmente num cinza escuro, bonitos, afirmam-se pela imponência com que se instalam na berma dos passeios das nossas cidades. A sua importância sai reforçada pelo fabuloso sistema de recolha de embalagens através de sonoros camiões que, de guindaste ao alto, os erguem e sacodem como quem despeja as últimas gotas de um frasco de ketchup. Estes factores são pedaços da história bonita que é a educação dos portugueses para a separação de resíduos.

Por isso, sempre acreditei. Quando se explicou aos portugueses que os símios em perigo de extinção eram capazes de separar resíduos, tive a certeza que, a partir desse momento, também todos nós passaríamos a ser capazes. E quase fomos. Até há bem pouco tempo. Eu explico. Lembram-se que toda a campanha da sociedade ponto verde era ilustrada por crianças, vestidas de amarelo, azul ou verde? Que, com a bondade e a ternura que lhes são próprias, apesar do ar relativamente parvinho de alguns destes anjinhos, nos explicavam o que colocar e aonde. Pois bem, a nova edição desta campanha utiliza agora crianças…mais grandinhas. Mulheres adultas, actrizes ou apresentadoras conhecidas. Ou seja, separar resíduos deixou de ser uma brincadeira de crianças para passar a ser uma brincadeira de adultos que nunca, na sua infância, tiveram oportunidade de jogar com aqueles cubos abertos da Chicco, com buracos vários tipo queijo suíço, de formas diversas por onde deveríamos fazer passar prismas, cones, cilindros, esferas e muitos outros formatos que, não sendo adequados para o buraco em causa, passavam à marretada. Um pouco como agora, nos ecopontos.


São portanto ilustres caras conhecidas que agora nos educam. A mensagem evoluiu pois de «até tu és capaz» (do tempo do macaco) e «os meus filhos separam as embalagens e os teus, sua lontra?» (do tempo das criancinhas) para «nós, as Lux e Caras deste país somos dotadas de consciência ecológica e ainda contribuímos para a prevenção do cancro da mama e por isso é que devem separar as embalagens, não sei se tá a ver?». Explica-nos a Amarsul (parceira da sociedade ponto verde na campanha) que “Agora, ao reciclar não está só a ajudar o ambiente”: a associação da AMARSUL à campanha “2 causas por 1 causa” tem por objectivos reforçar a sensibilização das populações para a importância da deposição dos materiais de embalagem recicláveis nos ecopontos e simultaneamente apoiar o combate a uma doença que, de acordo com a Laço, pode afectar 1 em cada 12 mulheres. Assim, o cancro da mama é o cancro com maior taxa de incidência em Portugal, com cerca de 4.400 casos novos por ano. 90% dos cancros da mama são curáveis, se forem detectados a tempo e tratados correctamente, pelo que o rastreio desempenha um papel fundamental. A AMARSUL apela a todas as pessoas que contribuam para o sucesso desta campanha separando em casa todo o tipo de resíduos de embalagem - metal, plástico, papel/ cartão e vidro - e depositando-os correctamente nos respectivos ecopontos.

Simplificou-se, pois, a mensagem, tornando-a muito mais perceptível (e aos respectivos objectivos), aos olhos dos portugueses. Barrigudos, que bebem muita cerveja e com mamas.

14 June 2008

NO!
Para quem não percebeu este não, aqui fica a versão consolidada do Tratado de Lisboa:


Os Toyotas e os GPL

Aquilo que mais me preocupa na questão dos preços dos combustíveis, não é o facto de qualquer dia termos que deixar o carro na estação de serviço para pagar o gasóleo que consumimos. Não, isso não me incomoda. Aquilo que verdadeiramente me preocupa são os tipos do GPL. Com a crise do petróleo, esta classe do gás começa a ganhar uma certa prevalência e, com ela, sobranceria.

Outro dia, ía eu em ponto morto a descer uma ruela, para poupar os quatro litros de gasóleo que tinha posto, aflito para apanhar o semáforo verde quando lá chegasse, quando sou ultrapassado por um desses indivíduos do GPL, bigodes airados, bracinho de fora, pirisca em punho e madame ao lado. É ver o sorrizinho sarcástico que ostentam por baixo do pelusco preto, para melhor perceberem o que digo.

É isto que me desgosta na economia: esta permanente teoria das compensações que faz com que a uma baixa de procura se siga de imediato uma alta num outro produto substituto.

“... Eu tenho um sonho que um dia minhas quatro crianças viverão em uma nação onde não serão julgadas pela cor de sua pele, mas sim pelo conteúdo de seu carácter."

Esta frase não poderia ter sido proferida por Barack Obama apenas porque Barack não tem ainda quatro mas somente duas filhas. Foi proferida por Martin Luther King e Barack pode, dentro de pouco tempo, personificar o sonho nela contido.
Só não será assim se o sonho de Obama for o mesmo de Mickael Jackson: ser branco…e desatar a comprar câmaras de oxigénio para dormir!
In God we trust.

08 June 2008

Hillary, vice de Obama?


Manuela, vice de Alegre?
Notícia de última hora: Alegre negoceia com Sócrates, após festa do Trindade

Alegre e Sócrates foram ontem vistos, juntos, a jantar no Maria Moranga, um restaurante de cozinha étnica e de fusão, em S. Bento, muito próprio para conversas que decidam o futuro do país. Cacto Fedorento, olhos verdes e ouvidos atentos, captou, casualmente, uma parte do diálogo entre ambos, que aqui reproduz...





Alegre: «Nos dias de jogo de Portugal, ok, o povo pode ir para o Marquês de Pombal festejar as vitórias mas nos restantes dias, quero o Marquês e a Av. da Liberdade desocupados para o pessoal da CGTP, os desempregados e os descontentes...»







Sócrates: «O pessoal da CGTP, os desempregados e os descontentes? Então, mas isso é o povo todo, Manel, excepto o Santana Lopes, que também vai andar por aí e é bem gajo para arranjar forma de entupir o túnel! Não sei, acho que isso pode ser mau para o défice mas por outro lado...humm, ok, pode ser boa ideia, distrair as massas...assim não topam os 123 mil euros que o INEM gastou na Finlândia...»





(n.r. : este post tem apenas como finalidade canalizar as leituras para o artigo da Vocação INATA do INEM, neste mesmo blog, mais abaixo)
Rúbrica O Melhor e o Pior do Euro 2008 (até agora)


Melhor: O Sr. Silva e a D. Maria. Quando não estão a trabalhar, em Neuchâtel, estes dois emigrantes fazem questão de acompanhar os treinos da selecção ou de buzinar depois das 22h para chatear os gendarmes suiços. Na foto, o Sr. Silva e a D. Maria.



Pior: Ronaldo. Ainda não marcou, só atirou um fabuloso petardo ao poste e não muda (está visto) de marca de gel. Como é evidente, ainda só houve 1 jogo, com os turcos, mas também ninguém nos perguntou se não preferiamos a Nereida Gallardo a jogar na selecção em vez de Ronaldo, com a camisola 7, 17, 20 ou sem ela.

05 June 2008




Vocação INATA do INEM


Segundo a Lusa, o Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) gastou cerca de 123 mil euros com a participação no exercício da NATO na Finlândia, verba justificada com a "oportunidade de excelência" para "desenvolver capacidades, treinar profissionais e corrigir deficiências".

O exercício da NATO denomina-se "Uusimaa 2008"(não confundir com «Limusina 2008», que são as ambulâncias de suporte avançado de vida da Finlândia) e tem como objectivo testar a capacidade de resposta a uma forte cheia em que infra-estruturas são contaminadas, algumas com risco químico, biológico e radiológico.


Os cerca de 123 mil euros incluem a deslocação do pessoal, alimentação, gasóleo e ajudas de custos.


Em declarações aos jornalistas, o presidente do INEM, Abílio Gomes, disse que a participação do Instituto nesta missão é "de interesse nacional", considerando que esta "é uma oportunidade de excelência" para "desenvolver capacidades, treinar os profissionais e corrigir todas as deficiências".


Ok. Quem me conhece sabe que sou a favor da formação. Nada se faz sem conhecimento e, neste caso, a falta de contacto com situações extremas, pode constituir um enorme obstáculo na hora de agir.


Vá que aí vem uma forte cheia. Logo agora que abriu a época de incêndios. O que fazer com as ambulâncias do INEM? E relativamente a um evidente risco químico, biológico e radiológico subsequente? É porque (e as pessoas não pensam nisto), por exemplo o Sr. Evaristo, de Penamacor, guarda sistematicamente 2 bidões de lixívia num barracão situado atrás de casa. E a D. Rosa, de Pernes, insiste na questão do transístor: não deixa de ouvir a Renascença e os programas do António Sala, num evidente desafio ao risco radiológico, em caso de cheia, bem entendido.

Eu, por mim, acho bem. 123 mil euros assim aplicados, correspondem certamente a uma prioridade nas rubricas orçamentais do INEM, para 2008. Lembro-me bem da contestação a Correia de Campos e das faixas que os manifestantes de Anadia, S. Pedro do Sul, Bragança, Chaves, empunhavam e que exigiam «mais formação em capacidade de resposta a fortes cheias» ou diziam «risco biológico, estamos fartos» ou perguntavam ainda «Sr. Ministro, para quando ambulâncias e equipas profissionalizadas para resposta a infra-estruturas contaminadas»?



A Abílio Gomes, novo presidente do INEM, o nosso sincero obrigado por, finalmente, alguém responder às preces deste povo ignaro, focando-se no essencial, vislumbrando-se assim o fim dos AVC em caso de fortes cheias e de infra-estruturas contaminadas.


Deixava apenas uma questão: para quando uma formação do INEM num submarino da marinha portuguesa? É que lá na minha aldeia há um poço e nesse poço, já caíram alguns miúdos. E um cão também.



01 June 2008

O Melhor e o Pior do Euro 2008 (até agora)

Inicia-se aqui, hoje, a rúbrica «O Melhor e o Pior do Euro 2008».

Melhor: o Noé Monteiro (à falta de fotos do enviado especial da RTP ao Euro, publica-se a foto da Diana Chaves)




Pior: A bola do Euro (Made in China, by crianças de tenra idade, a lembrar neste dia Internacional da Criança)



A minha selecção

Tenho sido um espectador atento a tudo o que rodeia a Selecção.

Agora que os bravos do pelotão se transferiram para a Terra-das-pessoas-que-não-tomam-banho-a-partir-das-10h-da-noite (cujo xixi tem que estar feito até às 19h (acrescentarei eu) porque a seguir as pessoas têm que se deitar pois «o dia seguinte é dia de trabalho» - ensina-nos (e bem!) a gendarmerie suiça), cumpre-me partilhar convosco algumas frases do recente estágio de Viseu, primeiro de Seu Filipão (no dizer de Murtosa) e depois de Runaudo (no dizer do próprio Filipão):


Voz de Seu Filipão: «Ééé, pra sermo campiões, nos fauta um bocadinho assim.»
(pedido subliminar de patrocínio à Danone)




Voz de Seu Filipão: «Ééé, o Murtosa de sempre!»



Voz de Seu Filipão: «Ricardo, eu le aviso: se você brincá de defendé bola sem luva, eu não vou queré nem ver!»


Voz de Seu Filipão: «Maniche, se você pensa que eu vou te levá prá Suiça, você tá doido!»



Voz de Seu Filipão: «Tou indo pró Cheussia, brigadão Madaiu, brigadão Portugau!»



Voz de Runaudo: «Na Suiça, não pode haver miúdas à noite, de modo que podemos fazer jogos giros. Por exemplo, um-dó-li-tó, era de mi-nó...»


Voz de Runaudo: «Atão pessoal, estejam atentos, isto é uma bola...vá lá Nani, até tu podes perceber isto!»



Voz de Runaudo: «Portantos, para aqueles raides, Sir Alex Fergusson ensinou-me que se faz assim...»





Queijadinhas de Leite: quem não gosta?



Notícias fresquinhas do PSD: ganhou a Nela, o Passos ficou a 2 passos, Santana vai voltar a andar por aí (cuidado, podemos estar a um «passo» de nos cruzarmos com ele), ao Patinha(s) resta perguntar: «A(n)tão, pá, 0,6% nem o Pateta...




25 May 2008

Carjacking

Estava eu a ler o DN de Sábado, 24, quando bati de frente na seguinte notícia: «Autor de atropelamento suspeito de carjacking». Francamente! Que um tipo atropele pessoas, eu compreendo, agora, carjacking??? Vá lá pessoal, atropelar podem, carjackar, não, ok? Bom, mas continuando a leitura, cheguei à conclusão de que este jovem «não tem carta, seguro e....já é conhecido da polícia!»

Assim está melhor. Imagino que se torne bastante mais fácil para a polícia resolver crimes a partir do momento em que conhece bem os criminosos: «Sôr Lula, sôr Lula, ganda malandreco! Outra vez no carjacke! Ó sôr Lula, bá lá buscar a biatura, bamos ter que autuar, já sabe!» ou «Xôr Joel, outra vez com o capuz preto! Já le disse que ixo axuxta as xenhoras e depois elas desmaiam e o xôr bê-xe na obrigaxão de les trazer a biatura. O xôr depois acaba por fazer carjake! Xatixe, pá!»

Já agora, confessaria que, também como Paulo Portas, sou um adepto de tudo o que acaba em king. Fiscojacking não estou bem a ver mas um bom king ou o próprio Martin Luther King, vá lá a ver! Enfim de emissão!


Não há fumo sem Sócrates

Tudo isto é muito suspeito: Manuela Ferreira Milk reafirmou sábado à noite em Aveiro que é «a melhor posicionada no PSD para fazer frente a José Sócrates, acrescentando que não vai usar nenhuma vassoura para marginalizar aqueles que discordam das próprias ideias». Vassoura??? Humm, a ideia não deixa de ser gira, a senhora promete... Mas o que mais me intriga é o facto de o 1º ministro fazer parte agora do maior partido da oposição, o PSD. Confesso que julgava que o mano-a-mano final, depois das primárias que envolvem também Patinha e Passos, seria entre Manuela e Santana.

Entretanto, Sócrates, com montes de problemas que o preocupam, ainda não sabe como (nem quando) reunirá condições para (adoro a expressão «não estão reunidas as condições» ou «só agora finalmente ficaram reunidas as condições para...») cumprir a sua mais recente promessa: deixar de fumar. Para já, reduziu os seus locais de fumo ao WC…e desatou a fazer promessas tipo medidas para atenuar a grave crise social. Desconfio: afinal, de há uns dias para cá, tenho para mim que não há fumo sem Sócrates!

04 May 2008

Pessoal do Marketing Político

Manuela Ferreira Leite já escolheu os suportes publicitários para veicular a sua candidatura à liderança do PSD e (ao que dizem) do país...



Santana também...só que ainda está um pouco hesitante...
Cataratas

Tenho para mim que a resolução do problemas das cataratas, em Portugal, não passa por Cuba mas pelo Rio Niágara...
De modo que, muito humildemente, deixava a sugestão para as operadoras turísticas e para os Senhores Presidentes de Câmara.

20 April 2008


Há pessoas que ainda pensam que o Dalai Lama é uma lama....
Este blog é meo

Os senhores do meo, são um espectáculo! Eu, de resto, só posso dizer que os adoro. E aposto que a esmagadora maioria dos portugueses também. Quem não adora o grupo PT, o grupo que de forma tão singela, simplesmente se apropriou do «sufixo» Web português, .pt? Porque chamar-se «PT» não constitui uma vantagem competitiva óbvia, pela apropriação de um símbolo que significa o domínio Portugal, ou de forma mais simples, algo que é português. Não, não constitui. Aliás, o grupo PT somente se chama assim por coincidência. É que, para uma empresa anteriormente integralmente pública, manter o «sufixo» pt, adoptando-o na sua identidade corporativa, não constitui posição abusiva de mercado. Deve ser por isso também, que esta mesma PT se dá ao luxo de considerar o seu cliente um….mal necessário….nos dias mais simpáticos.

Bom, não entrarei em mais detalhes, não gastarei o meo e (sobretudo) o Vosso tempo contando-vos todos os disparates que já presenciei em produtos PT. Desde os velhinhos cartões de acesso rápido à net, netpowers, os primeiros sapos, os primeiros cyber kits usb, netcabos, TV Cabo, rendas fixas mensais, enfim, um ror de constituintes do brilhante portfólio do grupo PT. Que nunca funcionaram bem. Que dependiam sempre de uma configuração impossível, para a qual o nosso PC nunca estava preparado. Que requeriam a simpática ajuda da Assistência a Clientes do respectivo produto. Sempre números verdes, números de contacto rápido que, sempre num ápice, resolviam tudo. Que a troco de quaisquer € 50, vão a casa. Ou não. Mas que depois descontam a ida (ou melhor, a não ida) na factura. Isto para não falar de quão difícil é vermo-nos livres desta empresa. Porque há-de aparecer sempre mais uma factura; porque ainda há-de haver mais uma taxa para pagar; porque o período mínimo de adesão ainda não está cumprido; porque, apesar de nunca ter sido possível configurar o produto, nem por nós, nem pelos próprios técnicos, há sempre que pagar uma renda fixa, correspondente ao aluguer de um fantástico equipamento que até já podemos ter tido o prazer de atirar à cara de um dos incansáveis putos mal educadíssimos da assistência, depois de terem dito que o problema, a partir daí, já não pode ser resolvido por eles mas por um colega que nunca aparece. Não. Não vos maçarei.

Tenho uma amiga que escolheu construir uma moradia num fantástico sítio que descobriu, ainda livre, no meio da cidade. Há volta, tem prédios por todos os lados. Há volta, tem estradas de acesso a todo o lado, que a colocam a não mais de 10 minutos do centro da cidade onde vive. Pediu (porque pedir é até um termo forte demais para falar com os senhores da PT, melhor mesmo é usar muitos «se não se importar», «por favor», «queira, se lhe apetecer…», etc.) para lhe instalarem TV Cabo. Porque tem filhotes pequenos que quer entreter, de vez em quando com o Panda. Ou porque quer ver a Lusomundo ou a CNN, não sei. Mas afinal, a minha amiga, não tem infra-estrutura, capacidade, ligação, sei lá. «E os senhores não têm interesse em colocar?» «Quem, nós?» «Sim, não têm interesse em vender?» Valerá a pena reproduzir o resto da conversa até piiiiiiiiiiiiiiiiii???

Pois com o meo, o processo é idêntico. Será possível que subsistam no país pessoas capazes de viver em sítios onde pedir qualquer produto PT deveria ser punido com prisão perpétua? A ver TV a preto e branco, com muitos meos a assistir…..

Senhores que ousam aborrecer os senhores da PT: tenham decoro, fazem favor de não maçar a empresa. Ou quereis que as acçõeszinhas sejam penalizadas na bolsinha? HUM!
Se a moda das reviravoltas pega

Estive a pensar e acho que no Jamor, no dia da final da Taça de Portugal, muitas pessoas irão ao engano. Benfiquistas, que vão ver o jogo porque acham que vão à final com o Porto. São pessoas que ainda não sabem que o Sporting eliminou o Benfica pela simples razão de que saíram ao intervalo, quando o resultado era 2-0 para o Benfica. Estas pessoas pertencem a um grupo que não acredita no que leu nos jornais no dia seguinte porque tem para si que 99% das notícias que saem nos jornais não corresponde à verdade, à excepção do que lêem no 24 Horas. Embora lhes apetecesse ver a segunda parte, saíram no final da primeira quando muitos dos seus «amigos» sportinguistas também saíam, cabisbaixos pela humilhação. Estes sportinguistas temiam que na segunda parte o resultado atingisse proporções épicas e o resultado chegasse a 8-0. Numa aparente demonstração de desportivismo, aqueles benfiquistas abraçaram os arqui-inimigos e foram com eles beber cervejolas, para afundar as mágoas. Como é evidente, ninguém acredita nas suas angelicais intenções e como é bom de ver e fácil de perceber, o real objectivo destes era o mesmo de sempre: não perder a oportunidade de, mais uma vez, poder ir dizendo: «deixa lá, pá, que pá próxima há mais, sabes bem que nunca acreditaste a sério que, com aquele cabelinho, o Paulo Bento levasse o Sporting a algum lado» e «somos amigos, meu, isso é que é importante, estou contigo mesmo nas derrotas. Mas que o Benfica vos limpou mais uma vez o sarampo, isso é que é verdade. Mas deixa lá, pá, eu fico contigo, nem preciso de ver a segunda parte porque vai ser um massacre para vocês e eu até tenho pena». A malta sportinguista que não resistiu e saiu no intervalo não irá igualmente à final, porque também não lhe parece possível a reviravolta. Assim, tenho para mim que o Jamor estará a 50% no dia do jogo. E que os gajos das bifanas vão vender menos. Talvez dobrada à moda do Porto.
Agora, isto das reviravoltas dá muitas ideias a muita gente. Por exemplo, o PSD, passou a achar que ainda é possível ganhar as eleições de 2009. Pois se a 25 minutos do final do jogo o Benfica ganhava por 2-0 e depois perdeu por 5-3, e se o dia em que estamos corresponde sensivelmente ao mesmo momento, relativamente à data das eleições e ao período da legislatura, tudo se tornou de repente possível. Vai daí, Aguiar Branco e Pedro Passos Coelho passam à condição de candidatos à liderança do PSD e Luís Filipe Menezes demite-se, por não estarem reunidas as condições para liderar. Isto das analogias com o futebol também dá que pensar. Mas se levarmos um pouco mais longe esta ciência exacta das analogias, rapidamente concluiremos estarmos perante realidades não comparáveis: enquanto o Sporting conduziu a reviravolta com base em muito querer, no PSD o querer manifesta-se, mais coisa menos coisa, assim (a fazer fé no Expresso deste fim de semana):

Rui Rio, afinal, parece que é o preferido;
Manuela Ferreira Leite parece apoiar Rui Rio;
Aguiar Branco, afinal, parece que «espera para ver», seja lá o que for que isto quer dizer;
Afinal, Menezes hesita; mas parece que Ângelo Correia o trava. Isto parece significar que existem ainda fortes hipóteses de ficar exactamente tudo na mesma;
Santana Lopes pode avançar, se Menezes não for (não for aonde, ele não é líder? Não bastava não se demitir para poder ficar? Sair e voltar para ser novamente legitimado, acalmará os ânimos e acabará com a oposição interna? Genial, esta estratégia de Menezes….);
Passos Coelho vai, de qualquer modo;
Patinha Antão também;
José Miguel Júdice sugere a fusão dos dois partidos;
Tudo isto, parece sugerir a confusão total!

Prof. Marcelo, não se importa de explicar como funciona o PSD, hoje em dia, isto se já estiver melhor da constipação?

06 April 2008

Uma descoberta importante e uma Pequena Grande dúvida

O Mar que nofler é ecológicamente responsável, um preocupado à escala global, um verde, em suma. [a propósito, Verdes, a designação «Verde» começa a estar um pouco desgastada, toca a usar a imaginação para aumentar a representatidade do movimento, que vale a pena prosseguir, quanto mais não seja por representar um impulso para a economia e uma fonte de desenvolvimento sustentável, assente no insustentável]

Porquê um ecológicamente responsável? Porque toca no campo. Veio até ao campo, tocar. E isso é bonito, recupera bastante do sentimento woodstock (
http://www.woodstock69.com/), reedita o flower power, apoia o movimento pró-eco. Bonito de se ver!

O Mar que nofler é também um modesto. Não ao estilo da Maria de Lurdes Modesto, mas ao seu próprio estilo. Que o leva a provocar, com um simples movimento centrífugo quando puxa uma corda, o sentimento difuso centrípeto do arrepio que faz estremecer a alma e engrandecer. E isso faz dele um modesto: ser grande e tocar num campo pequeno demais para ele!
A pedido de muitas famílias, aqui fica um descritivo do fininho do Darfur
(um destes dias publicaremos uma nova versão deste grande futuro êxito)

Adeus, pessoas a atirar pró feio.
Eu, vou ter de me ir embora!
Foram bons estes meses aqui nos incorrigíveis,
Ou se calhar, foram só giros porque eram pagos!
Eram pagos mas na verdade não eram assim muito bem pagos,
Mas de todos os mais ou menos pagos este era o mais, mais ou menos!
Agora se me perguntarem, ó bruno, é com isto, que compras o que comes,
Eu respondo: é, mas por isso é que no darfur, me chamam!
O fininho do Darfur, o fininho do Darfur!
Chamam-me fininho, lá do Darfur, eu não sou o gordinho, sou mais o fininho!
Do darfur….
Também é por causa da minha constituição física…. fina.
Adeus, pessoas a atirar pró feio.
Tenho de ir fazer outro tipo de projectos!
Alguns, são projectos só para ganhar dinheiro,
E outros, são daqueles com que os meus netos, vão gozar!
Mas…se gozarem, levam tanto naquele focinho,
Não estou a dizer que seja com o cinto, mas eventualmente, com a parte de trás da mão!
As crianças são a melhor coisa do mundo,
Mas dar lambadas nas crianças é – a segunda melhor coisa do mundo!
Adeus, pessoas a atirar pró feio.
Gosto muito de vocês dentro do género assim do pouquinho!
Dentro do género de não querer que vocês tenham uma trombose, (isso não quero)
Mas dentro do género de me rir se vos vir com o lado direito da cara todo apanhado!
Esta música é para toda a gente que gosta de mim (iiim),
Os que não gostam, também, podem ouvir (iiir)!
Mas esses, espero, que enquanto estiverem a ouvir esta música,
Sintam uma dor nas costas e no braço esquerdo,
E que seja qualquer coisa assim em forma de enfarte!
E depois, mesmo durante o enfarte,
Vão ter de continuar a ouvir esta música com a cara espetada no teclado!
E quando pensarem que está tudo bem porque estão a ir para o hospital,
Eu vou até às urgências dar com esta viola na cara do senhor doutor!
Adeus, pessoas a atirar pró feio,
Sou um fininho, lá prós lados do……
Darfur! (lá prós lados do Darfur…)

19 March 2008

(a blogoparvoíce habitual, deu, como poderão ver 2 posts abaixo, lugar a alguma lamechice, rara por estas paragens… Alerto, pois, para pessoas eventualmente mais sensíveis. Digamos que, dentro do âmbito do presente blog (don’t orri, be ape), aquele post não é aconselhável a pessoas eventualmente sensíveis. Tem, por isso, bolinha.)
Um Bálsamo de vida

Hoje é Dia do Pai.
Ofereceram-me um cheirosinho bálsamo After-shave.
Fiquei a pensar: «será que depois de o usar, ficarei embalsamado»?






A tal bolinha para pessoas eventualmente mais sensíveis (vêem, no canto direito, como mandam as regras?)
Prémios de reconhecimento: avaliação de desempenho, carinho desmedido ou simplesmente…..

Pela primeira vez, não falarei de outros, mas de mim. É que, hoje, estou muito muito muito orgulhoso! Tão imensamente orgulhoso que, qual grito do Ipiranga, não resisto a emitir na blogosfera doses de radiações da minha felicidade. A felicidade deve ser partilhada porque se pode, sem saber, mas querendo-se, ajudar quem dela tenha défice. Por isso também usa dizer-se: «transbordo de felicidade». No meu caso, o resultado de transbordar de felicidade seria uma espécie de espraiar da mesma pela blogosfera.

Mas hoje, para além de orgulhoso, estou também um pouco confuso. Eu explico.

É o Dia do Pai. Por isso, para além do bálsamo, recebi uma medalha e uma taça. A medalha diz, numa deliciosa inscrição: «Pai: 1º lugar». A taça (que é mesmo uma taça, se dela não publico uma foto é porque a deixei no meu local de trabalho e, como a levei para as minhas reuniões de hoje à tarde, nem sequer tive tempo para a fotografar), reza assim: «Melhor Pai do Mundo».

Que dizer? Que eu preferia um avião, porque adoro voar, já eles sabiam. Que eu preferia um barco, porque adoro mar, também. Restou-me mostrar-lhes um pedacinho de mar salgado…que me deslizou sub-repticiamente pela face….e com eles voar para sempre.

Fiquei orgulhoso, já disse e não me canso de repetir. Mas fiquei igualmente confuso: terei eu recebido um prémio de reconhecimento, fruto da avaliação de desempenho (tão na moda) que de mim terão feito? Julgo que sim. Mas…e as inscrições? Deliciosas, à primeira vista, é certo. Mas, numa análise mais fina: «Pai, 1º lugar» e «Melhor Pai do Mundo»….É que, lá em casa, não há mais pais, sou só eu, o Pai. Daí o ter ficado confuso: 1º lugar? Quererá isto dizer que poderia ter ficado em 2º? Ou ainda, eventualmente, muito pior classificado?

De facto, não estou confuso. Estou antes, como direi, aterrorizado! Só me resta agradecer a essa tão malfadada, avaliação de desempenho. A avaliação de desempenho veio ajudar-me a crescer. Veio ensinar-me que, apesar de ser já o 1º, ainda poderei ser melhor…..se nunca me esquecer como devo exercer o meu papel de Pai!

Mais uma coisinha: hoje sinto que o meu grito do Ipiranga não será um grito sem eco. Fazem, pois, favor de ser felizes!